Por que as pessoas procuram psicoterapia?

Como é de se deduzir: as pessoas procuram psicoterapia porque estão em sofrimento intenso (sintomas explícitos) e/ou estão muito insatisfeitas com a própria vida (crises existenciais). De forma genérica é possível expor um pouco destas motivações das seguintes formas:

• A primeira (sintomas explícitos) é quando a condição está crítica. Estas pessoas se encontram em sofrimentos ou crises intensas que as paralisam e/ou as submetem a variadas limitações no viver cotidiano, como: problemas com ‘auto-estima’, inseguranças limitantes, déficit de atenção, hiperatividade, depressão, manias, ansiedade, persecutoriedade, problemas com sono, com alimentação, com relacionamentos, eficiência, doenças psicossomáticas etc., etc., etc. Ou seja, condições que incapacitam as funções e necessidades básicas da vida.
• Sobre as crises existenciais, as observamos através de queixas de diminuição dos ânimos com a vida, os “tanto faz”, apáticos; não necessariamente os depressivos – esta queixa é comum em pessoas que fazem apenas uso de medicamentos psiquiátricos (sem acompanhamento psicoterapêutico) por anos; relatam que os medicamentos realmente diminuíram e/ou eliminaram o sofrimento, porém, diminuiu também o ‘sabor da vida’. Estas pessoas, sejam elas medicalizadas ou não, costumam buscar ajuda para se reencontrarem consigo mesmas, procuram habitar o próprio Ser – aprendem a agradar aos outros, mas não conseguem agradar a si mesmas. Estão em busca do que faz sentido para si próprio e não apenas manterem-se ajustadas aos padrões. Isto pode parecer simples, mas, na atualidade (rápida, virtual), muitas pessoas estão alienadas de si próprias.
• Há também outro perfil de demandas: os que procuram psicoterapia como parte do processo de sua formação psicanalítica; que é indispensável.